segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Respeito pela mais Bela.


Respeito Pela Mais Bela
O Rappa


Perguntar por que?
Eu não vou fazer
Perdemos você, mas nós temos que aceitar
Triste sem saber como me conter
Não posso te ver mas ainda resta recordar.

Foi, foi, eu digo que foi
Foi com um tempo, e nos abandonou
E uma enorme saudade aqui dentro
Aqui dentro do peito, do peito ficou. 

E é por isso que seu povo chora, chora
Sem saber se era, se era hora, a hora
Independente de onde esteja agora, agora
Traga a esperança, traga ela de volta.

Eu não vou fazer
Perdemos você, mas nós temos que aceitar
Triste sem saber como me conter
Não posso te ver mas ainda resta recordar.

Perguntar, porque, triste sem saber, como me conter, ainda resta recordar.
Eu digo foi, eu digo que foi, foi e nos abandonou
E uma enorme saudade aqui dentro
Aqui dentro do peito, do peito ficou. 

E é por isso que seu povo chora, chora
Sem saber se era, se era hora, a hora
Independente de onde esteja agora, agora
Traga a esperança, traga ela de volta.

Não nos despedimos quando foi embora
Saiba que foi linda, linda a sua história
Ficou no coração e não na memória
Traga a esperança, traga ela de volta, traga ela de volta, traga ela de volta, de volta.

(essa foto diz muito sobre o nosso trio, a nossa turma e as coroas das novinhas da turma)


Exatamente há um ano eu lia você contar no grupo sobre o desfile do dia 7 de setembro e sobre como já estava cansada, mesmo sabendo que teria mais um longo dia de trabalho pela frente.
Eu resmungava: "Feriado mais inútil, onde já se viu feriado dia de domingo?! Pra que serve? E tu, líder, ainda piora tudo trabalhando num feriado de domingo, peloamor!"
Mal sabíamos, ah, se soubéssemos.
Horas depois o nosso mundo mudaria completamente.
Ainda ouço a voz de Cirlânio do outro lado da linha dizendo aos soluços e sussurros como quem conta um segredo que jamais poderia ter sido revelado: "Geyse faleceu"
Tinha que ser um erro. Alguém te disse errado, amigo, liga aí pra Beto, ele errou, ela não faleceu não.
Durante a primeira hora eu alternava entre a esperança de que alguém desmentisse a notícia e o medo de que compartilhando a informação ela se tornasse verdade.
Seria verdade ainda que eu não tivesse dito a ninguém.
Teríamos que lidar com essa verdade dura e devastadora.
Te vi dormindo, vi seus pais, irmão, primos, tios e amigos ao seu redor, entorpecidos pela dor, sangrando por todos os poros e sangrei também. Olhei pra PH, ah, PH!! Te vi menino, sem chão, sem cor nesses olhos que a nossa pequena tanto ama.
Só conseguia pensar que deveria haver alguma maneira de transformar tanta dor em vida. De tirar alguns dias de cada um que estava ali sofrendo e te dar, de te fazer levantar dali e cumprir todos os planos, todas as promessas feitas.
Foram muitas as noites em claro, muito tempo com medo de ficar sozinha no escuro, muitos sonhos em que estávamos juntas e felizes.
Faz um ano que tudo isso aconteceu e até hoje tenho a impressão e que você continua onde sempre estevei. Ainda tenho o ímpeto de te contar algumas coisas e sou frustrada pela realidade de que você pode até me escutar mas não vai responder.
De vez em quando acho alguma característica sua em alguma pessoa estranha. Passo a acompanhar a pessoa enquanto estiver no meu campo de visão, na esperança de mais algum indício.
Ainda te escrevo, marco em fotos...
Sempre achei super estranho esse costume de as pessoas continuarem alimentando perfis de redes sociais de quem já se foi. Eu pensava: Mas a pessoa não vai ler, gente!
Depois que você nos foi tirada assim, de repente, entendi que não é disso que se trata.
Seu mural se tornou um altar, nossos textos, fotos, imagens são as homenagens que lhe fazemos e pouco importa se você está ou não lendo tudo pelo computador do céu, importante mesmo são as lembranças que nos saltam aos olhos toda vez que fazemos isso.
Você continua em tudo, líder, e a saudade é enorme, assim como o amor que espalhou por aqui.
Ainda choro escutando essa música.
Você é a mais bela.
<3



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