domingo, 29 de julho de 2012

Estragou tudo!



Quando se vai fazer um bolo, o primeiro passo é separar os ingredientes.
Em seguida, precisamos verificar se os mesmos estão adequados para o consumo e então devemos começar a seguir a receita.
Tem gente que sabe tudo de cabeça, mas eu ainda leio no fundo da caixinha (sim, só faço bolo de caixinha!).
Se faltar um ingrediente, Punf! A receita foi por água abaixo.
Não precisa nem faltar, é só ter algum deles estragado, um forno que não esquenta o suficiente, ou mesmo abrir para olhar na hora errada...
E na vida da gente é diferente?
Na de vocês eu não sei, mas na minha é desse jeitinho mesmo!
Você faz tudo certo (ou pelo menos achando que está certo), e basta um passo em falso para... BUUUM! Estragar tudo.
É como aquele cara que respeitava a mãe, amava a namorada, baixava a tampa da privada depois de fazer xixi, era estudioso, mas em um dia de diversão com os amigos acabou por se meter em uma roubada.
Ou a menina que cresceu chamando os mais velhos de senhor, dando bom dia quando passava, obedecendo aos pais e que, por um deslize, engravidou na primeira transa.
Sabe aquela roupa linda que você comprou e, sem querer sua mãe manchou enquanto lavava? Retire a parte do 'sua mãe' e se coloque como a lavadora que manchou a própria roupa linda sem querer. É bem isso o que eu quero dizer.
É só uma observação sobre como nós temos o poder de transformar memórias que seriam maravilhosas em momentos não tão maravilhosos, justamente porque nós não somos perfeitos. 
Sendo assim, é sempre bom tomar um pouco mais de cuidado, né?
Se certificar de que os ingredientes estão mesmo todos ali, que são de qualidade e prestar atenção na hora de retirar o bolo. Porque a sua falta, pode até não ser tão grave para você, mas a repercussão dela nos outros pode ser devastadora e, eu acredito que você se importa com alguém além de você mesmo, né não?
Pronto, falou a conselheira da madrugada.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

104 dias, confere?

Já li tanto sobre a greve.
Ouvi tantas coisas bacanas e tantas coisas desagradáveis.
Na infância e adolescência eu tinha um medo danado de escola pública, só porque ouvia dizer que lá não se aprendia nada.
Agora, adulta, eu morro de medo da escola pública, só porque eu sei que lá meu trabalho não é reconhecido financeiramente e nem de qualquer outra maneira, uma vez que, quem não educa os filhos em casa acusa o professor de incompetência.
Estou feliz com o sindicato dos professores. Pela primeira vez na minha vida senti coesão e força partindo dali.
Professor é classe desunida? Mas até desunidos eles estão juntos e fazendo barulho.
A situação dos estudantes é preocupante. E a dos professores não sempre foi? Ah não, claro! Quem se importa com os professores?
Essa greve me faz admirar a cada dia mais mães e pais de família que deixaram suas casas para fazer valer um direito que ainda não lhes garante qualidade de vida, mas é algo que conseguiram através da luta e não podem se deixar abater por conta do capricho de alguém que, quando lhe era conveniente se dizia sindicalista.
Avante, colegas. Educar por amor, só mesmo aos nossos filhos.