segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quem é, sabe.


Hoje me perguntei duas ou três vezes o que realmente merece ser levado a diante nessa minha vida e o que posso descartar com um clique, com um tchau, com aceno de cabeça.
Já vi um montão de receitas prontas sobre o que é ser amigo e me dei conta de que, apesar de não saber fazer uma descrição exata do que é ser amigo, sei quem são os meus e como reconhecê-los.
Alguns de meus amigos, conheci desde menina, lá na casa dos 9 anos de idade.
Tem outros que conheci dia desses, noutra cidade, por acaso do destino que nos uniu através de uma prova que serve para juntar pessoas em salas de aula específicas. 
Entre estes e aqueles existem inúmeros que chegaram e ficaram no meu caminho.
Pra mim, tempo nunca foi lá algo muito importante (será por isso que me desgostei da História?), tempo de namoro ou de amizade, tem importância menor ainda. Isso porque o tempo é traiçoeiro, às vezes nos faz acostumar, acomoda incômodos em cantinhos imperceptíveis à nossa (já relaxada) visão.
Eu mesma já tive amizade com gente tão amada, tão querida, conhecida desde que aprendi a falar e que por coisa pouca, me mostrou que de onde menos se espera vem soco, rasteira e porta na cara. 
Entendi que o tempo passa e não é o que conta.
As palavras também são umas tratantes...
Conheço uma 'pá' de gente que diz que isso, isso e aquilo, ama, adora e pode contar com ela, mas que se eu ousar precisar, sei que não poderei ocupar.
Tem aquela galera que diz que te deseja o melhor, mas que quando te vê bem fica alvoroçada, lançando palavras maldosas em sua direção, querendo te fazer pensar que por ter mudado a capa você mudou também a essência, o conteúdo do livro que te faz ser você.
Ahãm, meus amigos não são reconhecidos pelas palavras.
Meus amigos mesmo, não acham meus sonhos maluquice.
Entenderam que todas as renúncias que fiz significaram muito para mim e que me orgulho delas.
O que é um título ou um concurso público se ele não faz parte do que sonhei para mim? Nada. Um cursinho pré-vestibular e o desemprego valeram mais, me fizeram mais feliz e meus amigos sabiam disso.
Meus amigos de verdade acreditaram que era amor quando falei que queria namorar um garoto que mora longe, lá em Porto Velho, não acharam insensatez (aliás, devo a uma amiga muito amada o empurrão necessário para ter a ousadia e alegria de ter aceitado sair para o jantar que nos uniria).
Os verdadeiros sabiam que eu voltaria para Feira e lutaram para isso junto comigo, mesmo os que me queriam por lá, em Jacobina pertinho deles. Sabiam, acreditavam, torciam,
Meus amigos de verdade me acham linda de jeans desbotado e chinelo de couro ou de roupa social de aprendiz de advogada.
Me admiram estudando História ou Direito.
Ingressando na Universidade aos 17 ou aos 25 anos, ou os dois.
Sei onde moram, o que fazem, do que gostam e onde eu gostaria que estivessem.
Tê-los é tão bom que eu me pergunto o que fiz para merecê-los, mas acredito que Deus tenha uma boa resposta para esse questionamento.
Dos descartáveis, não que sejam desimportantes, longe disso, mas hoje em dia, é de bom tom evitá-los. Fazem mal à minha natureza.
Beijos, podem me julgar (Vietnãfeeligns)