Hoje é SEGUNDA! Dia oficial do Vicetória, e a comemoração dessa galera é legítima, como dizer que não?
Não me lembro de já ter mencionado por aqui, mas sou BAHÊA. Acho realmente linda a rivalidade futebolística e a maneira como os bahianenses conseguem lidar com as derrotas em campo. A cerca de duas semanas atrás eu estava junto com algumas amigas assistindo ao Clássico BaXVi em um restaurante de Feira de Santana e, ao final do embate, saindo o Vitória vencedor observei a reação de um torcedor do Bahia responder à provocação do rubro-negro com a seguinte frase: -“Amigo, o Bahia sempre perde, é comum. Já nos acostumamos com isso e somos Bahia mesmo assim”. Fiquei fã do cara. Eu vivo dizendo que a torcida do Bahia é a BAMOR, ou seja, torce porque ama e não porque ganha.
Na tarde de ontem 15 de maio de 2011, aconteceu a grande final do campeonato baiano, que como muitos sabem, terminou com o êxito do Bahia de Feira. Achei lindo, digno, chique, fantástico um time do interior calar o Barradão e para completar ter em seu nome a palavra BAHIA. Durante a partida começou no twitter, e provavelmente em outras redes sociais uma disputa de piadas, de rubro-negros contra tricolores e vice-versa.
Você sabe como funciona o Twitter? A grosso modo o twitter é assim: Você cria um perfil e vai escrevendo o que você quer em 140 caracteres. Quem te seguir vai poder ler tudo o que você escrever, mas existe a opção de tornar seus “tweets” privados, nesse caso só poderá ler o que você escreveu aqueles que você quiser que leiam. O twitter é uma febre e os feirenses seguem essa tendência já há algum tempo. O interessante é que muitos ‘twitteiros’ parecem não saber ao certo como é que funciona essa nova ferramenta. O que você diz se torna público e não adianta chorar, todos que lêem se sentem no direito de comentar.
Voltando à situação que comecei a narrar no 3º parágrafo desse texto, ontem durante as provocações ‘twitescas’ fui surpreendida com uma reação inesperada de um pseudo-jornalista feirense. Um tal de Rafael Velame (ww.twitter.com/rafaelvelame) se ofendeu porque eu resolvi comentar com algum humor os seus tweets revoltados contra a derrota do VICEtória.
A primeira reação do rapaz foi perguntar se eu era “NEGA” de jogador do Bahia de Feira. Prefiro não levar em consideração o caráter racista desse termo e pensar apenas pelo ponto de vista dos estudos de gênero. Esse cara é machista. Uma mulher só pode fazer piada de futebol se for ‘NEGA’ de jogador?
Como se espera de covardes, o rapazote apagou seus tweets ofensivos. É comum e trata-se apenas de mais um ‘homem’ que –sei lá por que motivo- julga-se melhor ou mais importante do que o outro, no caso a outra, demonstrando em sua fala (no caso escrita) o seu preconceito. Os meus tweets estão lá, e quem os quiser ler vai poder, por que eu respondo pelo que publico, não me escondo embaixo da saia de ninguém. Sou mulher, mas como diria Rita Lee, “Sou mais macho que muito homem”.
A única intenção de escrever esse texto a essa hora da manhã é dizer a quem interessar possa que o twitter é um espaço aberto, todas as pessoas podem questionar e comentar o que acharem que devem e, por isso mesmo precisamos ter o cuidado de pensar antes de escrever (não é essa a vantagem dos humanos?). Não ofendi o referido torcedor. Não usei palavras de baixo escalão nem mesmo quando ele perguntou se eu era “NEGA” de alguém e fingi que não li quando ele escreveu que “Tem que ter paciência pra agüentar vagabunda, na moral”. Sabe por que Rafa? Porque eu não ganho nenhum centavo com futebol. Eu ganho alegria, ganho amigos. Você que se diz jornalista (não é isso?) é que poderia tirar algum proveito disso, mas ao que me parece não tem competência. Lamento muito que a imprensa feirense conte com membros como você.
Ohhh veyyyyyyyyyyyy
ResponderExcluir